.jpg)
Porto Velho (RO) – Durante o mês de outubro, além do tradicional movimento Outubro Rosa, voltado à prevenção do câncer de mama, o Brasil também celebra o Outubro Verde, uma campanha nacional de conscientização sobre a sífilis e a sífilis congênita. A iniciativa tem como objetivo alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e da prevenção dessa Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que, se não tratada, pode trazer sérias consequências à saúde.
O Outubro Verde foi instituído pelo Ministério da Saúde para reforçar a luta contra a sífilis, uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum. Apesar de ter cura, a sífilis voltou a crescer em todo o país nas últimas décadas, principalmente devido à falta de informação e à interrupção de tratamentos. Por isso, a campanha busca orientar a população sobre a importância do teste rápido, disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e do uso de preservativos, principal forma de prevenção.
A sífilis congênita é uma das maiores preocupações das autoridades de saúde. Ela ocorre quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto, podendo causar malformações, cegueira, surdez, parto prematuro, aborto espontâneo ou até a morte do recém-nascido. Por isso, é fundamental que toda gestante realize o exame de rotina no pré-natal e, em caso de diagnóstico positivo, inicie imediatamente o tratamento com o medicamento adequado.
O tratamento é simples, eficaz e gratuito, realizado com penicilina benzatina, medicamento disponível em toda a rede pública. O Ministério da Saúde reforça que o tratamento deve ser feito tanto pela gestante quanto pelo parceiro, evitando a reinfecção e garantindo a proteção do bebê.
Segundo dados recentes do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, milhares de casos de sífilis são notificados todos os anos no Brasil. Em Rondônia, as secretarias municipais e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) intensificaram as ações de prevenção, realizando campanhas educativas, testagens em massa e orientações sobre saúde sexual e reprodutiva.
Durante o Outubro Verde, profissionais da saúde reforçam a importância do diálogo sobre sexualidade e prevenção, combatendo o preconceito que ainda cerca as ISTs. A campanha também destaca que o cuidado com a saúde sexual é um direito de todos e deve ser tratado com responsabilidade, empatia e informação.
O movimento, assim como o Outubro Rosa, se tornou símbolo da conscientização e da prevenção. Ele lembra à população que o diagnóstico precoce salva vidas, especialmente de bebês que podem nascer livres da infecção. Em 2025, o lema da campanha é “Testar, tratar e prevenir: um compromisso de todos pela vida”.
Por Redação