Criança com TEA cai em precipício no Cânion Fortaleza. Operação de resgate mobiliza equipes especializadas. // Imagem ilustrativa de cânion - Créditos: depositphotos.com / dibrova
Porto Velho, Rondônia - Uma situação de risco foi registrada no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, quando uma criança de 11 anos caiu de um precipício em uma área sem proteção. O local, bastante conhecido por suas paisagens, atrai turistas de todo o país, mas também apresenta desafios quanto à segurança, já que muitos pontos permanecem sem guarda-corpo ou sinalização adequada. O acidente ocorreu na tarde do dia 10 de julho, quando a menina se afastou dos pais durante uma visita ao mirante.
A operação de resgate mobilizou numerosas equipes dos bombeiros e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que utilizaram recursos avançados para acessar a área de difícil acesso. Segundo informações obtidas, a criança possui diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), condição que demandou ainda mais atenção dos socorristas no manejo e abordagem durante o salvamento. Apesar do susto, a menina foi localizada consciente, apresentando apenas ferimentos moderados conforme relatado pelas autoridades.
Como a queda ocorreu no Cânion Fortaleza?
O episódio aconteceu enquanto a família percorria uma trilha turística, em um setor do cânion sem infraestrutura de proteção permanente. Por se tratar de uma área aberta e sem guarda-corpo, a criança acabou se distanciando em um momento de descuido e escorregou pelo desnível do terreno. Testemunhas informaram que o pai tentou agir rapidamente, mas não conseguiu impedir a queda, devido à velocidade dos acontecimentos e ao ambiente com vegetação densa e declive acentuado.
Acidentes em trilhas e mirantes naturais acendem o alerta para a necessidade de supervisão constante, especialmente em grupos que incluem crianças ou pessoas com necessidades especiais. A ausência de cercas de contenção em determinados pontos do Cânion Fortaleza tem sido motivo de debate entre moradores, visitantes e autoridades de Cambará do Sul.
Como foi realizado o resgate da criança?
O acionamento dos serviços de emergência foi imediato após o acidente. Equipes dos bombeiros de Cambará do Sul, Canela e Gramado se deslocaram rapidamente para o cânion, contando com o reforço aéreo de um helicóptero da Polícia Civil. A geografia do local, caracterizada por fendas profundas e matagal fechado, exigiu o uso de técnicas especializadas, como descida por cordas e rapel, para que os socorristas conseguissem acessar o ponto exato onde a menina se encontrava.
Durante o resgate, profissionais de saúde iniciaram a estabilização imediata da criança, realizando os primeiros atendimentos ainda na encosta do cânion. O transporte para o hospital mais próximo foi feito após avaliação médica, assegurando os procedimentos básicos necessários diante das circunstâncias apresentadas.
Quais são os riscos e cuidados em trilhas e mirantes naturais?
O Cânion Fortaleza destaca-se como uma das principais atrações naturais do Rio Grande do Sul, mas o acidente evidenciou que a visitação a áreas de natureza exuberante deve andar lado a lado com medidas de segurança. Em locais onde há presença de encostas, precipícios ou trilhas de difícil acesso, proteções como guarda-corpos, sinalizações de risco e acompanhamento de monitores podem evitar ocorrências semelhantes.
A mobilização rápida das equipes de emergência e o uso eficiente de técnicas de salvamento mostraram-se essenciais para o desfecho positivo da operação. A repercussão do caso também renovou debates sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura e treinamento permanentes em destinos turísticos com características de risco.
Fonte: O Antagonista
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