Comitê autoriza governo a acionar termelétricas para garantir energia em Rondônia e no Acre

Comitê autoriza governo a acionar termelétricas para garantir energia em Rondônia e no Acre


Medida será adotada devido à forte seca que atinge a região Norte do país. Decisão atende a recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

Porto Velho, RO - O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) autorizou o governo a acionar duas usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia em Rondônia e no Acre. A decisão, que atende a uma recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi tomada na quarta-feira (4).

A medida será adotada por causa da forte seca que atinge a região Norte do país. Serão acionadas as geradoras Termonorte I e Termonorte II, que ficam em Porto Velho.

O acionamento das usinas termelétricas acontecerá em meio à paralisação das operações da hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. A usina é uma das maiores do Brasil e opera no Rio Madeira, que está com os níveis de vazão abaixo da média.

Diante deste cenário, o CMSE sugeriu que seja reconhecida a situação de escassez hídrica na bacia do Rio Madeira e recomendou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o ONS adotem as medidas necessárias para o acionamento das termelétricas.

O comitê determinou ainda que o Ministério de Minas e Energia, com o apoio da Empresa de Pesquisa Energética e do ONS, faça estudos para avaliação do sistema elétrico de Rondônia, Acre e Amapá.

O objetivo desses estudos será manter o fornecimento de energia em futuros cenários de escassez hídrica ou de grandes cheias.

As usinas termelétricas geram energia por meio da queima de combustíveis, como o óleo e o gás natural. A operação é mais cara do que a de uma usina hidrelétrica, por exemplo.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, a conta de luz deve continuar com bandeira verde e sem cobrança extra até o fim do ano mesmo com as termelétricas acionadas.


Mapa mostra oito estados com recorde de seca por falta de chuva — Foto: Cemaden

Fonte: G1

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