Pelo menos uma mulher morreu


O ataque com mísseis à cidade de Zaporizhzhia, na Região Sul, deixou algumas pessoas enterradas sob os escombros, disse o governador regional nesta quinta-feira (6), e foi um lembrete da capacidade de Moscou de atingir alvos mesmo no momento em que suas forças parecem estar em dificuldade no campo de batalha.
Não houve comentários imediatos sobre o ataque russo. A invasão começou a ser revertida após contraofensiva ucraniana, na qual milhares de quilômetros quadrados de território foram retomados desde o início de setembro, incluindo dezenas de assentamentos nos últimos dias.
Em golpe para Moscou, milhares de soldados russos recuaram depois que a linha de frente desmoronou, primeiro no Nordeste e, desde o início desta semana, também no Sul.
Imagens após o ataque de hoje, que ocorreu nas primeiras horas da manhã, mostraram buraco aberto e cheio de escombros, onde um bloco de apartamentos de cinco andares ficava ao lado de uma loja de vinhos.
Repórteres da Reuters viram bombeiros trazendo pai e filho por uma longa escada e conversando com um homem mais velho, ainda preso sob os escombros e coberto de poeira.
Eduard, de 49 anos, que sobreviveu ao ataque, disse: "Estava escuro, por volta das cinco da manhã. Fui acordado por uma forte explosão. A sala se encheu de fumaça e poeira. Pulei para ver o que aconteceu."
Doze pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança de 3 anos, e cinco ainda estavam sob os escombros, disse Oleksandr Starukh, o governador.
O ataque ocorreu um dia depois que o presidente Vladimir Putin assinou lei para incorporar quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas à Rússia, incluindo Zaporizhzhia. Foi a maior tentativa de anexação da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Kiev chamou a nova lei, que visa incorporar cerca de 18% do território da Ucrânia à Rússia, de ato de "manicômio coletivo".
A Rússia decidiu anexar as quatro regiões depois de realizar o que chamou de referendos – votações condenadas por Kiev e governos ocidentais como ilegais e coercitivas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse, em discurso na noite de quarta-feira, que seu Exército retomou mais assentamentos na região de Kherson, no Sul.
Mudando do ucraniano para o russo, Zelenskiy dirigiu-se às forças pró-Moscou, afirmando que já haviam perdido.
"Os ucranianos sabem pelo que estão lutando. E cada vez mais, cidadãos da Rússia estão percebendo que vão morrer simplesmente porque uma pessoa não quer acabar com a guerra", disse ele, em referência a Putin.
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários