Operação Ouro de Areia: Polícia Civil de Rondônia detalha fase ostensiva sobre supostos “servidores fantasmas” na ALERO; nenhum deputado é alvo

Operação Ouro de Areia: Polícia Civil de Rondônia detalha fase ostensiva sobre supostos “servidores fantasmas” na ALERO; nenhum deputado é alvo

Segundo as autoridades, não há parlamentares investigados ou alvos de busca

Porto Velho, RO - Em coletiva na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil de Rondônia, com apoio do Ministério Público (GAECO/MP-RO), apresentou a fase ostensiva da Operação Ouro de Areia, que investiga um esquema de “servidores fantasmas” e uma versão chamada pelos investigadores de “Rachadinha 2.0” na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO).

As medidas judiciais cumpridas incluíram 1 prisão preventiva, 12 cautelares que proíbem investigados de acessar a ALERO, 9 mandados de busca e apreensão e 3 afastamentos de funções públicas. Segundo as autoridades, não há parlamentares investigados ou alvos de busca.

Principais pontos da coletiva


Alvos e medidas: 1 prisão preventiva cumprida na madrugada; 12 investigados proibidos de acessar a ALERO; 9 buscas e apreensões; 3 servidores afastados do cargo.
Local das buscas: ponto específico na Divisão de Recursos Humanos da ALERO e residências dos investigados.
Sem envolvimento de deputados: nenhum dos 24 deputados estaduais foi alvo de medidas nesta fase, nem gabinetes parlamentares.
Continuidade das investigações: perícia de eletrônicos, análise documental e possível deflagração de novas fases.
Como funcionava a “Rachadinha 2.0”, segundo a Polícia Civil

Nomeações estratégicas: um servidor, apontado como líder do núcleo, articulava nomeações de comissionados.
Modalidades: parte dos nomeados seria fantasma (sem frequência) ou repassaria parte do salário (rachadinha).
Empréstimos consignados: em seguida, os comissionados, já vulneráveis, contratavam consignados em até 96 parcelas; os valores eram repassados ao líder e pulverizados, indicando possível lavagem de dinheiro.
Duplo prejuízo: a ALERO teria dano a ser calculado; nomeados saíam endividados. Há casos de empréstimos de R$ 80 mil que teriam virado dívidas próximas a R$ 300 mil, segundo a coletiva.
Origem e andamento do inquérito


Ponto de partida: a investigação começou em meados de 2024 após denúncia de uma vítima.
Fases: período sigiloso (coleta e análise de dados, avaliação jurídica) seguido da fase ostensiva com cumprimento de ordens judiciais pela 1ª Vara de Garantias de Porto Velho.
Próximos passos: perícia, extrações de conteúdo, quebras bancárias e fiscais já requeridas para mensurar prejuízos e mapear novos envolvidos.
Integração das forças de segurança


A operação é fruto de atuação conjunta da DRACO 2 (Polícia Civil), GAECO/MP-RO e 1ª Vara de Garantias, com apoio de unidades como DECCO, DRACs do interior, Decor e Caex. As autoridades reforçaram a política de atuação contínua e técnica contra a macrocriminalidade e facções no estado.

Canal para denúncias


A DRACO 2 informou estar aberta a denúncias, inclusive anônimas, relacionadas ao caso ou a outros crimes contra a administração pública.

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